De pouco tempo para cá essa virou uma forma de diferencial na carreira, e hoje qualquer profissional em qualquer área deve saber mostrar seus soft skills, mas o que é isso afinal?

O termo skills é uma palavra inglesa que significa habilidades. Soft Skill, ou em bom português, habilidades comportamentais, são as qualidades que você como ser humano, aprendeu, aperfeiçoou e já passou por alguma experiência que usou um ou vários deles ao mesmo tempo. A ideia desse artigo é mostrar o que é, a importância, e quais principais a serem observados.

Até certo tempo atrás, as pessoas eram contratadas somente pela sua formação acadêmica e pelas habilidades na área pretendida. Porém, com o passar do tempo e as mudanças no mercado de trabalho, somente isso não é mais suficiente, atualmente, as empresas procuram não apenas qualificações acadêmicas e profissionais, buscam aptidões pessoais e comportamentais e ter um bom relacionamento interpessoal com a equipe de trabalho.

Segundo estudo do site de recrutamento CareerBuilder, 77% das empresas acreditam que as habilidades sociais são tão importantes quanto as técnicas no dia a dia de trabalho. Vamos explicar quais delas e quais suas diferenças.

Espero que tenha uma boa leitura.

Hard Skills

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Antes de continuarmos, precisamos entender o termo que anda ao lado do Soft Skill, os Hard Skills

As competências técnicas que acrescentamos ao currículo são as chamadas hard skills. São as habilidades que podem ser ensinadas em um treinamento, graduação, curso ou qualquer aprendizado de capacitação.

Bons exemplos de Hard Skills:

:: Conhecimento em uma língua estrangeira (Inglês, espanhol, etc);
:: Graduação, Pós, Mestrado, entre outros;
:: Cursos técnicos;
:: Certificações;
:: Conhecimento na operação de máquinas e ferramentas;
:: Habilidades ligadas à informática.

Esses conhecimentos são considerados aptidões técnicas de um profissional e necessários para atuar na área em que pretende. Os mesmos são muito importantes se você quer se destacar no mercado de trabalho, além de serem facilmente reconhecidos através de certificados.

As habilidades técnicas são certamente as mais fáceis de serem analisadas. Porém, com o desenvolvimento profissional, não contam mais com o mesmo apelo diferencial. Hoje, as soft skills recebem muita importância no processo seletivo. Vamos entendê-las!

Diferença entre hard e soft skills

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A principal diferença entre as hard e soft skills é a capacidade de comprovar essas competências. As Hard skills são as qualificações que podem ser comprovadas e, por isso, são mais facilmente identificadas.

Já as soft skills são identificadas após uma análise mais profunda, por meio de testes psicológicos e comportamentais, no caso de um processo seletivo.

Para muitas empresas, somente as hard skills não são suficientes para garantir que um profissional seja adequado para uma vaga. Isso porque nem sempre ter mais conhecimento técnico significa ter melhor aptidão.

Atualmente, as qualificações soft skills são bastante valorizadas pelas empresas, pois são elas que determinam o aspecto emocional dos candidatos e de que forma eles reagem às mais diversas situações. Independente das diferenças, não se pode afirmar que as soft skills não possam ser aprendidas. Elas podem ser trabalhadas por si só, ou com pessoas especializadas.

É importante que exista um equilíbrio entre as competências, de modo que o profissional possa ser completo, tanto em habilidades acadêmicas quanto pessoais. Assim, ele(a) poderá desenvolver um bom trabalho em equipe tanto individual como em equipe quando necessário.

Soft skills no ambiente corporativo

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Exercitar uma competência técnica é mais fácil do que exercitar uma competência comportamental. Para uma empresa, treinar um colaborador retraído, tímido, para usar seu sistema pode ser mais simples que empregar o mesmo colaborador na área de vendas.  

Hoje, as pessoas chegando ao mercado de trabalho parecem estar mais preocupada com a formação acadêmica e não dando a devida importância a inteligência emocional. A maioria deles não está preparada para encarar o mercado de trabalho. Na transição do ensino médio para a vida adulta, o que é cobrado dos jovens são as hard skills. E na transição da adolescência para a vida adulta, os jovens encontram dificuldades em fortalecer a inteligência emocional. 

Aponto ainda, algumas competências que deixariam essa caminhada um pouco mais fácil, empatia, foco, engajamento, motivação e produtividade, são alguns exemplos. Por isso é preciso que as gerações de profissionais se adaptem às novas exigências do mercado. Hoje soft skills já são bastante exigidas por empresas, e quanto mais modernas e desenvolvidas, mais os profissionais precisarão dessas competências não-técnicas.  

• Empatia

Nos colocar no lugar do outro, é fundamental para sabemos respeitar as diferenças e trabalhar com diversas pessoas, desenvolvendo ainda uma mentalidade colaborativa. Respeitar as diferenças, sejam elas quais forem as hierarquias, e ter uma comunicação efetiva, são primordiais também.

• Solução de problemas e adaptabilidade

As empresas estão se pautando muito mais em metas e entregas, do que propriamente em jornada de trabalho e tempo. É preciso se adaptar, pois nem sempre temos um trabalho 100% efetivo todos os dias. Saber se adaptar em situações desfavoráveis, é primordial para que tenhamos controle correto do tempo, das entregas, dos problemas, das soluções e claro do nosso emocional. Ressalto aqui que a criatividade é um item muito valorizado também, conseguir enxergar vários ângulos de uma mesma situação, incorporando soluções inteligentes ao dia a dia e à empresa, é extremamente bem visto.

• Inteligência Emocional

Um item que devemos nos aprimorar, é na própria leitura comportamental e na de outras pessoas, além de sermos vigilantes do que fazemos e de como reagimos à elas. Quem nunca recebeu uma mensagem, leu e achou algo que na realidade não era bem aquilo. Estamos em contato com informações novas e diferentes o tempo todo e temos que estar preparados emocionalmente para lidar com isso e reagir de forma adequada, principalmente no ambiente de trabalho.

O que as empresas buscam?

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Paulo Petrone, editor sênior do LinkedIn Learning, publicou um artigo sobre as habilidades em dezembro de 2018 que trata o que as empresas mais buscam. A pesquisa foi feita com base em dados do próprio LinkedIn.

O site mapeou impressionantes 50 mil competências entre hard skills e soft skills. Utilizando softwares, foi possível separar os dois tipos de caraterísticas e enumerar as cinco habilidades comportamentais mais procuradas pelo mercado.

1. Criatividade – “Enquanto robôs são eficientes para operacionalizar ideias já estabelecidas, as empresas precisam contratar quem consiga pensar em soluções para o futuro”, afirmou Petrone.

O nível de exigência para essa habilidade dependerá muito do cargo a ser assumido. No entanto, quem tem maior capacidade de elaborar soluções criativas pode trazer maior vantagem em tempos de crise, e isso pode ser aproveitado em qualquer área de atuação.

2. Persuasão – está diretamente relacionada a uma boa comunicação e bom relacionamento

Uma boa comunicação vai além do ambiente de trabalho, se torna importante para a vida. Em um convivo social, sempre há interação entre uma ou mais pessoas, o esperado é que todas as partes envolvidas consigam entender com clareza a mensagem que está sendo transmitida, para que não ocorra o famoso “mal entendido” e as consequências de uma mensagem interpretada erroneamente podem ser catastróficas.

No trabalho, não é diferente, se um líder passar a mensagem incorreta à sua equipe, ou até os colegas debatem um tema e não estão formulando claramente seus argumentos, o resultado da entrega pode ser bem longe do que o cliente daquele produto espera. Por isso, é importante que você consiga passar o que está falando de forma clara e objetiva. Essa habilidade é um diferencial competitivo no mercado de trabalho, não precisa ter o dom da oratória, mas precisa dominar a boa comunicação com outras pessoas.

3. Capacidade de adaptação – Hoje, no mercado de trabalho há uma necessidade de se reinventar e se reestruturar. Surgem novos concorrentes, novas demandas e exigências. O currículo requer inclusão de novos conhecimentos e adaptações inteligentes de funções. Na rotina de trabalho, inesperadamente, novas situações surgem e o colaborador, para se destacar, deve mostrar flexibilidade.

4. Trabalho colaborativo –  colaboração é uma habilidade que não vem sozinha, ela anda bem próxima de outra: a comunicação, as duas precisam estar juntas, pois a colaboração nada mais é do que duas ou mais pessoas trabalhando juntas para atingir um objetivo comum. A ideia dessa habilidade é forte e existem diversos ganhos. Esse trabalho, faz com que um profissional “complete” o outro no trabalho a ser entregue, como cada um tem aflorado habilidades diferentes, podem contribuir muito mais juntos para essa entrega.

A palavra “colaborador” nunca fez tanto sentido como nos dias atuais das empresas e do trabalho em equipe, se tornou uma habilidade impar para qualquer trabalho a ser realizado por um time.

5. Gestão do tempo – Essa, por si só, já é uma soft skill e bem robusta. Para fazer um bom gerenciamento do tempo é necessário uma boa dose de organização e planejamento. Para os que têm mais dificuldade nessa área, vale fazer planilhas com cronogramas diários de quanto tempo deve ser investido em cada tarefa, o importante é se concentrar no que é importante, sem deixar que distrações mudem o foco.

Como aperfeiçoar soft skills? algumas dicas

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Você já trabalhou seu autoconhecimento hoje?

É fundamental treinar e evoluir suas habilidades que nascem com você, quando não utilizadas a favor do indivíduo, constituem em talento desperdiçado.

Por meio desse autoconhecimento, é possível descobrir os pontos fortes, aprimorá-los, e revelar as características mais críticas, que precisam ser trabalhadas pela pessoa.

Reconhecer potenciais e estimular

Dentro das equipes sempre há os profissionais que se destacam por suas particularidades. Com isso, é importante reconhecer as habilidades mais aparentes em cada colaborador e estimular o desenvolvimento delas. Diante deste cenário, é fundamental identificar aqueles que estão mais dispostos, engajados e comprometidos em melhorar.

Feedback

A constante troca de feedbacks, contribui para que o colaborador consiga perceber quais são seus pontos fortes. Com um gestor fazendo avaliação na rotina de trabalho, e detectando em quais situações o colaborador tem um melhor desempenho, será mais fácil trabalhar as soft skills.

Autoconhecimento

Muitas vezes, o colaborador precisa do feedback do gestor para conseguir identificar suas soft skills. Mas independente de quem identificá-las (o gestor ou o colaborador), é importante praticar o autoconhecimento para aprimorar ou descobrir soft skills que não foram despertadas ainda.

Conclusão

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Levando em consideração tudo que foi exposto, entendemos que as soft skills são as habilidades que muitas vezes temos como qualidades pessoais, mas que são as competências mais buscadas pelas empresas.

Hoje, somente as hard skills, não são mais o suficiente para destacar um profissional no mercado. Desse modo, as soft skills vêm se tornando cada vez mais importantes, e pensando nisso, apresentamos dicas de como aperfeiçoá-las.

A partir deste artigo, esperamos ter lhe informado bem sobre o assunto.

Tanto as hard skills quanto as soft skills têm grande impacto na vida profissional. Portanto, é importante desenvolver ambas para se destacar no mercado de trabalho e buscar aquela vaga que você tanto almeja.

Se você quer aprender mais sobre desenvolvimento profissional, habilidades e competências, pode me procurar, podemos conversar e chegarmos mais longe.

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Texto redigido por mim: Eduardo Silveira

Revisão de ortografia e textos por: Sâmia Nakib

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