Um tema que sou apaixonado e já escrevi algumas coisas sobre, é agilidade. Além do que, nos últimos anos o movimente de uma gestão ágil era extremamente necessário, o que se intensificou ainda mais com a crise global da pandemia. Isso ocorre, pois as empresas estão freneticamente em busca da tão falada e tão nebulosa, em muitos casos, “transformação digital”.

A Tecnologia há muito deixou de ser área de suporte, ou o famoso “tirador de pedido”, para definitivamente ser parte do negócio. Agora existe um movimento muito forte das empresas para que a TI ganhe um protagonismo ainda maior, fazendo do resultado do trabalho técnico seu verdadeiro produto. Mas o que é isso de fato?

Empresas que há 10 ou 15 anos já apartavam sua área de tecnologia e fazia da mesma uma empresa de sistema, ou seja, um produto que nasceu as vezes para atender a empresa em uma necessidade, agora virou produto e gera lucro.

Claro que não precisamos chegar a esse ponto, mas basta que as empresas entendam que dentro de tecnologia que o produto idealizado ganha vida, então as pessoas que estão criando ele precisam participar da criação cada vez mais, para assim conseguir entregar algo de forma mais eficiente e eficaz!!!

Claro que não precisamos chegar à esse ponto, mas basta que as empresas entendam, que dentro de tecnologia, o produto idealizado ganha vida. Então as pessoas que estão criando esse produto, precisam participar cada vez mais da criação, para assim conseguir entregar algo de forma mais eficiente e eficaz!!!

Vamos falar um pouco disso, pois ai está a verdadeira transformação digital…

Eficiente x Eficaz

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Aqui trago uma pausa, pois contextualizar a diferença de eficiente & eficaz dentro de tecnologia, é necessário muita cautela para que isso não seja encarado de forma equivocada.

Ser um time multidisciplinar eficiente, é agregar valor ao cliente, à cada produto, de maneira evolutiva a cada entrega e ir experimentando melhorias nele a cada nova implementação. Claro, que sempre baseado em feedback de quem usa e com KPIs de acompanhamento do consumo daquele produto.

Agora, ser eficaz, é entregar um produto que realmente seja utilizado pelo cliente. Pois, é a real necessidade dele, sabendo sempre responder as perguntas sobre aquele produto: no que tange à o que é? Para que de fato serve? Qual indicador vamos analisar com o produto sendo usado? Esses, são pontos cruciais para que a eficácia seja certeira e tenhamos sucesso com a entrega.

É conseguir entregar com isso, a satisfação que seu cliente espera quando ele procura sua marca. E então ele perceber que sua melhoria naquela experiência é contínua, pois para o mercado, é melhor um produto não pronto evoluindo, do que um produto bom, parado no tempo.

Transformação digital

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Claro que isso vale um artigo inteiro, mas aqui a ideia é ir trazendo o porque a TI é cada vez mais importante nas empresas e a transformação digital vem na bagagem.

Vende-se transformação digital como algo fora do mundo real, onde você precisará de quase um milagre para que isso aconteça, e na verdade ela está no processo que você faz hoje. É olhar ou até pegar um consultor, debruçar no processo atual e melhorá-lo, agilizá-lo, deixá-lo melhor, mais ágil de alguma forma.

Tenho orgulho em ser consultor de algumas empresas amigas para essa evolução, mas mais que isso, é melhorar e fazer com que o cliente final fique feliz, com o processo mais rápido, com entregas mais frequentes. Sabe a frase que nossos antigos diziam “Um passo de cada vez, se vai ao longe” é essa a essência da transformação digital.

Melhore seus processos, a filosofia da metodologia ágil pode te ajudar e muito nesse aspecto. E como adoro fazer esse paralelo nas minhas publicações, isso serve para sua vida, sua carreira, seu dia a dia, dá para otimizar coisas que você já faz, para fazer melhor ainda!

“Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!” (Mario Sergio Cortella– escritor, filósofo, e professor brasileiro)

Inovação e tecnologia se confundem

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Está no forno um artigo somente sobre o tema inovação. Mas aqui, quero provocar que a Inovação não requer necessariamente só tecnologia, inovar é a constante inquietude pela mudança, por algo melhor. Não precisamos tratar isso como totalmente novo, ou que seja vindo de TI, super automatizado.

Muitas vezes, no mundo corporativo, a inovação acaba nascendo dentro de TI, mas na parte colaborativa, melhorando processos já existentes ou fomentando a escala de alcance do produto, muito mais do que algo pronto. A Inovação é Evolucionária e não necessariamente Revolucionária.

Frases de quem entende do assunto:

“Muitas inovações têm na tecnologia um meio para sua realização. São dimensões que estão diretamente ligadas. A inovação vem de um lugar de dedicação e de vontade de fazer diferente e melhor. É uma competência desejável em qualquer time para se criar algo novo e que gere valor, independentemente do grau de inserção de tecnologia de ponta, digital ou não.” (Andre Petenussi – CTO da Localiza)

“Quando você inova, tem que estar preparado para ouvir as pessoas dizerem que você é louco” (Larry Ellison – cofundador da Oracle)

“A inovação distingue um líder de um seguidor” – (Steve Jobs – co-fundador da Apple)

E você já melhorou algo hoje???

Tecnologia como produto ao cliente

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Vimos até aqui que a transformação digital, é a cultura da transformação. Seguindo a partir desse ponto, quando fazemos algo que ficou pronto em uma boa qualidade, de forma automatizada e em larga escala para ser utilizado, porque não transformar isso em um produto?

Assim nasceram algumas empresas, de dentro de suas matrizes, empresas essas de tecnologia que conseguiram evoluir e inovar em algum produto, que o mesmo virou receita para a empresa. E porque não investir nisso com a sua área de TI?

Todo esse processo, só é possível com o advento da cultura de trazer o time de tecnologia para dentro da especificação do seu produto. A cultura ágil bem implementada, aderente à empresa e com uma boa visão de futuro, consegue propiciar isso à qualquer empresa de qualquer tamanho.

Eu mesmo, já tive oportunidade de liderar projetos inovadores que poderiam muito bem terem se tornado produtos, se essa cultura tivesse sido abraçada em gestões visionárias que quisessem tirar a TI do mundo apenas demandando por pedidos.

Transformar a TI em um gerador de receita é possível, e ouso dizer que é o futuro das empresas fazerem isso. Dou algumas palestras sobre o assunto, e vejo essa cultura se perpetuar agora um pouco mais acentuada, mas ainda existe um enorme espaço à ser conquistado…

PIX

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O PIX nasceu exatamente com este propósito, de melhorar algo que já funcionava bem, mas podia ir além. Fazer transferência entre contas, já era uma realidade no mundo digital e em um determinado momento, o PIX chega para expandir a concorrência no mercado financeiro, o que afeta positivamente o serviço oferecido por bancos, instituições financeiras e empresas de pagamentos.

O processo de enviar dinheiro para alguém através de uma transferência eletrônica, era necessário saber: agência, conta, dígito, nome completo, CPF, nome e número da instituição financeira, e de repente o PIX entra em cena, e você só precisa saber o número do celular da pessoa, ou e-mail, ou CPF e pronto, dinheiro enviado. Além disso, ao realizar o envio do dinheiro, se as instituições financeiras envolvidas no processo não fossem iguais, dependia da compensação que muitas vezes só era feita no dia seguinte, e agora em apenas alguns segundos já está resolvido.

Com isso, o PIX é uma evolução do que já existia, já funcionava, e para que mexer nisso? Quando mexeram colocaram no mercado brasileiro um produto de tecnologia, tão viável de utilização, criando um cenário favorável para outras inovações e o surgimento de novos produtos, serviços e até mesmo empresas.

O PIX nasceu dentro do Banco Central onde faz agora com que essa entrega de sistema seja um produto próprio e não somente um agregador como era antigamente, ainda acha que a área de Tecnologia é só gasto?

Novo CEO vem da TI

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Algumas empresas, vêm trazendo um forte movimento tecnológico em suas decisões referentes ao posicionamento do board executivo. Essa mudança de cultura tem sido bastante visível no mercado financeiro.

Um bom exemplo é Renato Ejnisman, mestre em Física Nuclear pela USP, recentemente ocupou a cadeira de CEO da NEXT, apensar dele não ter liderado exatamente uma área de tecnologia, tem mostrado uma grande fluidez no diálogo com essa área.

Também podemos mencionar a XP Inc., que recentemente anunciou o posicionamento do Diretor de Tecnologia, Thiago Maffra, CFA, para assumir a cadeira de CEO, mostrando que o passo de grandes empresas em áreas de atuação muito tradicionais, vem encarando o mundo digital como o futuro de suas corporações buscando cada vez mais a conciliação do atendimento ao cliente em escala de automação.

Agora, um exemplo que podemos citar de fora do Brasil é Reed Hastings, CEO da Netflix, Mestre em Ciência da Computação, foi desenvolvedor de software antes de seguir a carreira executiva em grandes empresas de tecnologia, ou não. Vale conhecer a história da Netflix!

Quando falamos de ter uma visão holística da empresa, vindo de TI, mostra que a aderência da empresa no mercado de atuação é diferenciada e se destaca pela capacidade de juntar o produto com a tecnologia!

Resumo de tudo isso!!!

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É visível que uma transformação digital se torna eficiente e faz com que você tenha uma melhora contínua no seu produto, sempre agregando ganhos à ele, tornando-o cada vez mais eficaz, elevando a satisfação de quem o utiliza. Isso, faz com que se tenha cada vez mais facilidade em trazer inovação ao processo da empresa como um todo, desde a construção até ao que você oferta para o mercado.

Independente do segmento de atuação em que a empresa se encontra, ela pode sim fazer diferente e otimizar o modelo de construção ou ainda do processo de algo, tornando-o mais ágil, posicionando o início do diferencial que possa ter em relação ao que já é visto constantemente.

Alinhado à isso, você ter um presidente que consegue agregar uma visão de produto da empresa e de tecnologia de forma integrada, com toda certeza eleva à um outro patamar de visão. O que por sua vez, pode conseguir provocar olhares mais analíticos em processos que parecem já estar no melhor da evolução, visto o PIX, que utilizamos de exemplo nesse artigo.

Em tese, sempre existirá algo que possa ficar melhor do que já é. Conseguir encontrar esse ponto de melhora e conciliar com a evolução efetiva do processo antes dos outros, fará com que se sobressaia diante do todo e conseguirá que se destaque!!!!!!

Então, rumo à Transformação digital com agilidade!!!

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Texto redigido por mim: Eduardo Silveira

Revisão de ortografia e textos por: Sâmia Nakib

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